Sun 3

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Half the World


Yarvi, o jovem 'aleijado', filho da raínha Laithlin, é agora seu conselheiro/ homem sábio. A guerra contra o High King vai acontecer e Yarvi tece a sua teia de intrigas e estratégias diabólicas, para conseguir o impossível, o apoio do implacável assassino : Grom-gil-Gorm, o Quebrador de espadas e fabricante de orfãos, diz a profecia que nunca nenhum homem o ha de vencer.
Depois de um incidente nos treinos dos guerreiros, Thorn Bathu, mata um dos aprendizes. A espada de madeira que utilizava para treinar, partiu-se e furou o percoço de Edwal, acabando este por morrer. Thorn Bathu foi então apelidada de assassina e encarcerada nas masmorras da raínha Laithlin. Um dos outros aprendizes, Brandt, foi contar a verdade a Yarvi, este sem qualquer preocupação, acreditou e soltou Thorn imediatamente, levando-a já consigo numa das viagens para 'recrutamento' de aliados contra o High King. Thorn Bathu era uma jovem de 17 anos, gigante, e com o corpo de uma guerreira....


Mais uma obra de excelência. Uma escrita perfeita, uma linha de acontecimentos que deixa qualquer um sem fôlego , a história uma teia de intrigas e estratégias diabólicas, com twists vários,que ninguém consegue prever. Este livro tem como personagem principal a jovem Thorn Bathu, o que contradiz os anteriores livros de Abercrombie, onde os heróis são sempre homens. As cenas de batalha são violentas, mas muito bem descritas, enfim outra obra-prima. 5 estrelas 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Lark Rising


No castelo de Tarnec, estão guardados os 4 amuletos do Equilíbrio. Mas os seres do Chaos, roubam os amuletos e os Guardiães têm de ser chamados para reporem o respetivo Equilíbrio. 

Lark Carew, uma jovem de 16 anos, que vive na aldeia de Merith com sua avó e sua prima, começa por ter premonições, depois a natureza envia-lhe sinais, e ela sabe que algo está para acontecer. Lark tem visões do futuro,  a sua força vem da terra. 
Os seres das trevas vão invadir Merith e matar os habitantes, há que chamar os cavaleiros, há que atravessar os Bosques Negros e levar-lhes um pedido de socorro. Os rapazes da vila propõem-se a ir, mas a natureza mais uma vez escolhe Lark..

Uma boa leitura, uma escrita bonita, a história é algo cativante, mas no fim a escritora torna-se um pouco repetitiva, e algo confusa. A ideia principal é sólida, mas poderia ter sido melhor explorada. O leitor não fica a saber como Lark chegou a Guardiã da Vida, e quando parte em busca do talismã roubado, não tem qualquer esperiência nem treino, portanto esta parte foi um pouco estranha e mal concebida. De qualquer maneira gostei de ler, como já referi, a escrita é bonita e agradável.Daria 3 estrelas,pela escrita, a história é fraca.

Lord of The Flies

Após um avião se ter despenhado numa ilha deserta , os únicos sobreviventes são crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 11 anos de idade,  todos rapazes. Começam a explorar a ilha,  vão encontrando mais rapazes , até que formam um grande grupo. Precisam de um 'chefe' e acabam por votar num dos miúdos, Ralph.

Esta votação e esta escolha não agradam a Jack, que acaba por aceitar. Mas as coisas vão começar a correr mal, à medida que o tempo passa, os rapazes vão-se tornando selvagens,perdendo por completo o sentido de 'humanidade', iniciam-se na prática do assassínio...

Este livro está muitíssimo bem escrito, embora o conteúdo seja chocante,  pois é protagonizado por crianças. Um livro que nos faz refletir sobre os nossos comportamentos em circunstâncias extremas. O que leva um ser humano civilizado, a ter atitudes e comportamentos deste tipo??? 

Gostei da escrita, não gostei da história. 4 estrelas (pela escrita). 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Sete Minutos Depois da Meia-Noite

Conor é uma criança de 13 anos, vive com a sua mãe que está gravemente doente com cancro. É então, que um estranho 'monstro' o  começa a visitar todas as noites. A mãe vai piorando, e a avó vem morar com eles temporariamente, o que para Conor é um desastre. 

Uma excelente leitura sem dúvida, o autor inteirou-se bem da situação e maneira de reagir do jovem Conor, pois quando a vida da nossa mãe está a terminar é exatamente assim que se reage, é exatamente assim que a pessoa se sente, é exatamente assim que julgamos que a culpa é nossa, pois achamos que poderíamos ter feito mais.
A escrita é simples, sem uma única descrição, e focada somente em Conor e no 'monstro'. Não fiquei deslumbrada, mas gostei bastante da maneira como o autor conduziu a narrativa. A história é basicamente 'psicológica', pois Conor está em negação , por isso é visitado pelo tal 'monstro'.
O final não foi surpresa, assim como também não houve ponto 'alto' na história. De qualquer maneira, gostei muito, achei que o autor tratou o assunto com o devido 'respeito' ao contrário de João Verde, que fez d' A culpa é das Estrelas, uma 'palhaçada' desrespeitosa a todas as vítimas de cancro e respetivas famílias.
Daria 4 estrelas.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Merlin - Os anos perdidos

Um rapazinho enfezado e uma linda mulher, dão à costa de uma pequena vila no País de Gales, onde ficam durante 5 anos. O rapaz Emrys, perdeu a memória por completo, pergunta a sua mãe de onde vieram, o que faziam, mas essas perguntas nunca foram respondidas. Devido à sua fraca figura, Emrys era vítima dos rapazes da vila, até que um dia, consegue não se sabe como, incendiar um dos rufias lá do sítio, arrependido, tentou salvá-lo mas perdeu a visão. Mais uma vez perguntou a sua mãe, sobre os seus poderes, mais uma vez não obteve resposta.
Decide então partir, descobrir as suas origens. Faz uma jangada, navega rio fora, e vai ter a uma ilha mágica, Fincayra, um local cheio de mistério, cheio de criaturas estranhas e com o tal Castelo Amortalhado, um castelo Negro, que roda sobre si mesmo. Aqui vai descobrir tudo sobre o seu passado, sobre a sua vida, vai ter de cumprir uma profecia.....

Mais uma leitura excelente, um tanto ao estilo de Tolkien. O autor conta-nos a sua teoria sobre as origens de Merlin que é obviamente Emrys. A associação de Dagda e Tuatha (deuses da mitologia Irlandesa ) com uma mulher humana, foi extraordinariamente bem feita , assim se deu forma a um dos maiores magos druidas de todos os tempos Merlin.  O vocabulário é simples, mas a estrutura da história está muito bem concebida. Gostei muito, daria 4,5 estrelas, porque é o primeiro da série.
                                                         

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

ENDGAME

12 meteoros caem por todo o mundo. Há alguns mortos , feridos, e muitos estragos, mas eles sabem, Endgame começou. 12 jovens de doze civilizações antigas, estão prontos para jogar, foram treinados, são assassinos implacáveis. Mu, Harrapeanos, Minoicos, Sumérios, Cahokianos, Celtas.....só um pode vencer, tem de se apoderar das 3 chaves, e salvar somente a sua nação, o resto do mundo irá desaparecer.
Os 12 jovens têm que resolver vários enigmas, espalhados pelo percurso, ou implantados no seu cérebro pelos 'criadores'. 

Um livro excelente, muito bem estruturado, e nada parecido com Hunger Games. Estamos perante um livro de FC, não um distópico. A história leva-nos a diversas partes do mundo, leva-nos a conhecer civilizações que realmente existiram e que nós desconhecemos. Um livro muito inteligente, cheio de ação e cheio de enigmas. Os capítulos são curtos, o que torna a leitura fácil de acompanhar. A história  é cativante, pois fala dos nossos 'criadores', e de como fomos 'criados', o final deste primeiro livro foi brutal, chocante.  Sem dúvida um livro a não perder para os apreciadores de FC e história antiga. Vou acompanhar a trilogia. 4,5 estrelas por ser o 1º (senão seriam as 5).

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Os Olhos do Dragão

O mago da corte de Delain, Flagg, decide que agora, depois de quatrocentos anos de espera é a sua vez de governar. Para isso cria um plano para matar o velho rei e incriminar seu filho mais velho, Peter, deixando o trono para o mais novo, Thomas, que podia ser facilmente controlado pelo mago. Peter é incriminado e condenado a passar o resto dos dias na Agulha, onde a única coisa que ele pode fazer é planear sua fuga e uma maneira de punir o verdadeiro culpado pela morte de seu pai. 

Esta história nada tem que ver com os romances de terror a que estamos habituados, é uma história fantástica, escrita para um público jovem, diria mesmo infantil. Lê-se bem, os capítulos são curtos, mas para ser sincera não achei nada de excecional. 3 estrelas pela escrita.

Os Luminares

Estamos a 27 de Janeiro de 1866,  Walter Moody acaba de descer do navio Godspeed, a bordo do qual viajara da Inglaterra até à costa oeste da Nova Zelândia, imbuído do sonho de tomar parte na corrida do ouro na cidade de Hokitika. Ao chegar, Moody, ainda abalado pela estranha visão de um fantasma a bordo do navio, hospeda-se no Crown Hotel, no qual, sem seu conhecimento prévio, doze homens da localidade participam de uma reunião secreta. Trata-se de uma amostra incomum de indivíduos, entre os quais encontram-se um irlandês, um escocês, um Maori, um judeu, um francês, dois chineses: “Everyone’s from somewhere else.” Temos homens com as mais diversas ocupações, desde um banqueiro até um traficante de ópio: todos, porém, embrutecidos pelas disputas na cidade. Ao entrar, por acaso, no salão em que esse curioso grupo encontra reunido, Moody  percebe que interrompera uma reunião de algum tipo, e os doze homens parecem  comportar-se com uma indiferença calculada.

A partir desse momento, começa a  desenrolar-se a história, à medida que cada um dos homens toma a narrativa para relatar  a sua perspectiva. Quanto a estranhos acontecimentos sucedidos na cidade, nas duas semanas anteriores: a morte de um ex-garimpeiro em uma cabana remota; o colapso, na estrada principal, da prostituta Anna Wetherall, devido a uma overdose de ópio; o desaparecimento de um dos homens mais ricos da localidade; a descoberta de uma fortuna em ouro, em um esconderijo improvável; a chantagem de um político; a venda suspeita de um lote de terra. Temos, ainda, a chegada inesperada, na cidade, de uma mulher de reputação duvidosa, que diz ser esposa do falecido garimpeiro, e está, de uma forma obscura, relacionada a um homem talvez chamado Francis Carver. Para piorar, todos na reunião são unânimes em afirmar que Carver é um vilão.
A escritora utiliza múltiplos narradores: doze homens nada confiáveis, que se interrompem uns aos outros a todo momento. Quando  começamos a unir as peças desse puzzle, a autora inicia a segunda parte da história, quando cada um dos homens, à sua maneira, tenta encobrir seus próprios rastros, três semanas após essa reunião secreta.
Cada uma das 12 partes do romance é precedida por um mapa astrológico que determina os eventos que terão lugar naquele período. Nesse mapa, é indicado, na data dos eventos tratados naquela parte, o planeta que estava em cada uma das 12 casas do zodíaco (que correspondem a cada um dos 12 homens reunidos no Hotel). Há, logo no início do livro, uma “tabela de personagens”, na qual são indicados os 12 indivíduos “estelares” (associados a cada um dos signos do zodíaco), bem como é apontado um local para cada uma das casas astrológicas: por exemplo, Áries na terceira casa representaria o personagem caçador em uma relação de amizade e/ou conversa com alguém. Há, ainda, sete personagens “planetários”, que giram e mudam de lugar, mês a mês, pelo mapa astral. Cada capítulo tem como título um posicionamento astrológico. O capítulo intitulado “Vénus em Capricórnio”, por exemplo, aborda um diálogo entre a personagem correspondente a Vénus, e o personagem correspondente a Capricórnio.
Um livro excelente, como podem constatar, embora a autora tenha deixado muitas 'pontas' soltas, propositadamente, para o leitor ser induzido a tirar as suas próprias conclusões. Sem dúvida uma grande leitura. Não vou dizer que adorei, mas gostei da maneira original com que foi escrita. 5 estrelas .